segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Rio da minha paz

Aquele longo rio que vejo
Derramando suavemente em ti
Traz calma, traz sorriso
E uma tristeza por fim
Tristeza de nunca alcançar
A mina desta água
Tristeza de me afogar
Sem mesmo ali navegar
É sim
É não
É talvez
É nuvem
É terra
É dúvida
Por enquanto, seguro tais águas
Firmemente nas minhas mãos
Seda suave, veludo amorenado
Loguíssimo curso amável
Meandros tão delicados
Quanto seu ruído de paz
Me acalama, me lavra'lma
Ao passo que me mata
É pluma
É bigorna
É picada
É o rio da minha paz
Longo riacho moreno que lhe cai sobre os ombros
E enternece meu coração