sábado, 1 de novembro de 2008

Aula de português/ inglês/ francês do século XXI

Conjugação do verbo TUBAR - Conjugation of the verb TO TUBE - Conjugaison du verbe TUBER

Eu TUBO
Tu TUBAS
Ele/Ela TUBA

Nós TUBAMOS
Vós TUBAIS
Eles/Elas TUBAM


I TUBE
You TUBE
He/She/ It TUBES

We TUBE
You TUBE
They TUBE


Je TUBE
Tu TUBES
Il/Elle TUBE

Nous TUBONS
Vous TUBEZ
Ils/Elles TUBENT



Clique aqui para ver se você aprendeu - Click here to see if you've learned - Cliquez ici pouir voir si vous avez appris

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O que falar para os netos?

Uma coisa que me aflige bastante é chegar aos meus 89 anos. Não, não é o medo da velhice, nem dos peitos caídos da minha esposa. Quer dizer, agora que pensei nisso... mas isso deixa pra outra hora!

O que me aflige é a seguinte cena:

Eu descansando na minha cadeira de balanço, tranqüilo, na minha casinha de campo nos alpes suíços, vendo meus netinhos brincarem no xbox5748 ou mexendo em seus mp74's angelicalmente. Daí acaba a energia e, estranhamente, todas as baterias também descarregam (falta de tecnologia dá nisso!). Meus netinhos tornam suas atenções aos meus velhos olhos calmos, dignos de um mestre Kami de artes marciais, enrugados como os peitos caídos da minha velha. Seus olhinhos em um primeiro instante, estão apavorados. Mas o meu olhar descansado e sábio, acalma-os logo em seguida. E logo sacam que foi só mais uma nave alienígena com uma porra de um campo eletromagnéticoaocaralho que tava fazendo entregas de água mineral na área e fudeu com os esquemas das baterias e outras fontes de energia. Inclusive a solar. Como a vizinhança era grande e era fim do mês, a porra da nave iria demorar um bom tempo na região, então, Pedro Neto puxa minha camisa floral que eu comprei nas minhas férias no Havaí antes do tsunami de 2046 (ahhh bons tempos!) e me pede pra contar uma história.

Pá!

Visualizaram a cena?

Sacaram o drama?
- Errr... você vai ser abduzido pelos aliens da COPASA suíça?

Não! O que me aflige é não ter histórias para contar! Tá, eu fui no Havaí, comprei uma blusa floral, tomei alguns mojitos a mais, dancei hula-hula com golfinhos e acabei pegando uma maori que, no dia seguinte, me mostra ser um maori. Mas foi antes do tsunami! Seria mais divertido pra contar pros netos! Que o avô deles, bravamente, surfou no tsunami e abalou geral! IIIIIIIISSAAAAAAAAAA!!! Mas não. Vou ter que me contentar em falar da parte dos golfinhos. Paia.

Queria ter umas histórias do tipo: fui ator pornô e contracenei com a Maísa em 2033 dentro de uma piscina de bolinhas, ou então, quando fui à Escócia em 2039 e achei um ovo do Monstro do Lago Ness, ou até mesmo, quando fui ao Japão ver meu América ser campeão mundial vencendo o Real Madri por 5x0 em 2009.

Mas nem tenho essas histórias. Tomara que esse blog exista até lá e aí eu posso mostrar pra eles. Isso se eles não reclamarem da poeira que vai estar encrostada do meu pentium 7 que só funciona internet 3.0 (falta de tecnologia dá nisso!).


Tá lá no wordpress também, viado.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Mãe! To no wordpress!

Clica aqui, viado.

sábado, 18 de outubro de 2008

Pedro Recomenda (parte 3)

É... definitivamente hoje é o dia do "Pedro Recomenda"¹. E não adianta procurar "Pedro Recomenda (parte 1)" e "Pedro Recomenda (parte 2)". O título só me veio a cabeça neste post, logo, considere os 2 posts anteriores a este como os "parte 1" e "parte 2".

Não, não vou mudar.

Esse post do Fanfarronices é muito legal (pra quem gosta de futebol e música), apesar de não ter sido ele quem escreveu e eu não fazer idéia de quem é o autor.


¹ Disfarço flood com "Pedro Recomenda".

Placas

(Clique na imagem pra visualizar melhor E maior)

Achei essa no Quatro Minutinhos, o mais novo blog da minha listinha de "Recomendo!".

E sim, hoje tirei o dia pra promover blogs alheios.

Fikdik

Nem tenho o que falar. Quer dizer, tenho... mas to com preguiça.

Mas tava fuçando o Teletube e caí da cadeira com esse post.

E se não tiverem nada³³³³³ pra fazer, leiam o Filho de Vó também. Os textos são grandes, muito elaborados que chegam a ser até um pouco presunçosos, mas são bacanas. Dá pra perder o tempo. Mas isso quando você terminou de interagir com o seu BuddyPoke! e de fuçar profiles alheios.

Fikdik!

Não, nem fui pago pra fazer essas propagandas. Só to bonzinho porque passei no psicotécnico!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Medidores de caráter - CORREÇÃO

Lu diz:
tipo, cool em ingles
Lu diz:
quer dizer frio
Lu diz:
mas nao mto frio, que seria cold
Lu diz:
dai o gelo


Entenderam crianças?

Medidores de caráter

Na boa. Um dos grandes mistérios pra mim é essa parada do Orkut de quantificar seu caráter (vamos colocar "sexy" como elemento constitucional do caráter) e seus respectivos símbolos.
Eu sei, que isso é um tipo de estatística tosca que funciona de acordo com o que seus amigos marcam sobre você. Mas, mesmo assim... continua sendo estranho.

Por exemplo: confiável. Como assim 90% confiável? Com certeza alguém não me deu total neste quesito, mas não quer dizer que eu tenha levado um zero. Ou você É (entenda esse "é" como 100%) ou NÃO É (entenda como 0%), oras! Não tem como ser 90%, 70%, 44,67% confiável.

-Ah sabe que que é? Fiz uma estimativa com base nos nossos últimos diálogos e constatei que você mentiu 3 vezes num total de 30 afirmativas. Como as 27 restantes eram verdadeiras, você é 90% confiável.

E o símbolo do confiável então? Um smile feliz! Nada contra, mas, suponhamos que eu tivesse 0% de confiabilidade. Ele continuaria ali, sorrindo! Ele sorri tanto pro seu reconhecimento pleno e inquestionável, quanto pra sua miséria e desgraça. Mas ele nunca muda aquele sorriso dúbio. Ele não é confiável! Como saber se ele está sorrindo graças a sua notável capacidade de ser confiável perante seus amigos ou se ele está sendo irônico? Super falso! Como um serzinho hipócrita como esse pode ser símbolo de confiabilidade? Ora, faça-me o favor!

Agora o legal. O legal é sem graça. Tipo, eu acho que uma pessoa ser legal é "quantificável" (se não existir essa palavra, lembre-se sempre da liberdade poética e dos neologismos)¹, então é sem graça porque nem dá pra criticar muito.

-Ahhh Fulano(a) é meio legal.

Não, não é força de expressão. Tal Fulano(a) é REALMENTE 50% legal. As pessoas têm lampejos de legalidade. (Legalidade, s.f. Caráter do que é legal. De acordo com a liberdade poética conferida ao autor que aqui vos escreve, pode-se considerar tal palavra como inerente a todos os sentidos de "Legal".) Uma pessoa não constrói o seu ser legal. É uma coisa de momento. Hoje você é a pessoa mais legal do mundo, amanhã a menos. E cuidado: ser legal em excesso pode te transformar em um chato de carteirinha! Vide o carinha das Casas Bahia. Ah! No início eu achava ele legal!

Mas o que me incomoda mesmo é o símbolo do legal. Quadradinhos azuis. Muita gente fala que é "gelinho". Aí me pergunto: O QUE TEM A VER GELO E LEGAL?????!!!!!!!!! Ok, eu curto neve (mesmo nunca tendo pegado ou visto de perto), frio e essas coisas em geral, portanto, pra mim, tudo isso é "legal". Mas mesmo assim. Não faz sentido. A única explicação mais lógica que achei é que em inglês, legal é "cool" e frio (que é representado pelo gelo) é "cold". Cool, cold... Ok, forcei a barra. Mas não me surpreenderia se fosse por isso!

O sexy agora. Esse é, sem dúvidas, o mais intrigante. De acordo com meu Orkut, sou 80% sexy. Pô! Por que então nunca recebi um convite dessas pessoas que me acham sexy? Convite que eu falo é um scrap do tipo "olá! to sozinha hj aki em ksa! q tal dar uma passadinha lah? bjos gatinho!" Não me venha com essa de ficar sem jeito não! Você marcou lá que eu sou sexy não foi a toa! Não paguei pra fazer isso, você foi lá por livre e espontânea vontade. Com segundas intenções, pressuponho. Aliás, primeiras mesmo, porque qual seria a intenção de uma pessoa que classifica sexy a outra? O único problema é se eu não te achar sexy também. Se você for homem, desista, pode tirar seu cavalinho da chuva... Agora, se for mulher, baranga, em especial, a gente pode sentar e conversar. Dependendo, a minha amiga Vodka pode te ajudar, se não... complica. Poderia ter um "barangômetro" no orkut pra facilitar esse processo de seleção, né?







¹ Disfarço falta de vocabulário com neologismos e liberdade poética

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Pedro's Top 10

Você provavelmente já leu uma dessas listinhas do tipo "as 10 coisas que eu quero fazer antes de morrer". Umas engraçadas, outras sem graça, enfim. O importante é que você já leu, mesmo que tenha sido na Capricho ou na Tititi, não tenha vergonha. Eu já li e digo mais: gostei. E isso não faz de mim uma pessoa frustrada - ao contrário do fato de eu nunca ter tido um super nintendo e um tamagoshi, isso sim, me fez uma pessoa frustrada.

É bom salientar, também, que essa listinha possui apenas coisas possíveis. Porque é muito comum você achar umas que têm, por exemplo, "tomar uma piña colada em Cancún ao lado da Angelina Jolie enquanto assiste ao pôr-do-sol a beira-mar". Impossível, pois a Angelina Jolie não vai ao México porque lá não tem órfãozinhos nascidos em países em conflitos políticos.

Mas, eu quis fazer minha listinha e isso que importa. É uma forma de traçar objetivos pra minha vida, para que eu possa falar aos meus netos que minha vida não foi vazia, que tive metas e que foram cumpridas. Achando graça ou não, lá vai:



1) Fazer uma lista do tipo "as 10 coisas que eu quero fazer antes de morrer". Todo mundo precisa fazer isso. Te deixa com a impressão que você terá coisas úteis a fazer, mesmo no meu caso que, não tenho vontade de realizar 10 coisas e sim, apenas 9.

2) Gravar uma sex-tape. Tendência total. Em dias de Paris Hilton e ninfetinha da ESPM-SP, quem tem sex-tape é alguém na noite. Quem era Paris Hilton antes do One Night In Paris?? Ninguém!!! Se você for tímido(a), como eu, pode optar pelo estilo Daniela Cicarelli: faça no mar seu motel e disfarça coletando algas.

3) Ganhar um campeonato de Winning Eleven com os amigos da faculdade. Isso é importante. É uma forma de você ter sempre uma vantagem com eles. Muito útil em tempos de trabalho:
- Porra! Você AINDA não fez sua parte?
- Cala a boca que eu te meti 5x0 naquela partida.
Pronto. Todos contra-argumentos foram desbancados. Você é o foda. Ponto final.
(Willy: se você estiver lendo isso, saiba que estou mentindo!!!!!!!! E te prepara que essa semana eu que vou levantar o caneco, hein!)

4) Entender de economia. É desesperador estar em meio a uma crise global sem saber do quê diabos estão falando. Se você também tá entendendo nada, o Filho de Vó explica. Me convenceu, pelo menos. E não é só por isso. É meio que uma forma pra quem é econômico(a), como eu, de pechinchar com argumentos sólidos e verificáveis:
- Quanto é o preço dessa coxinha ae?
- Dois real.
- Que isso! Quer dizer então que só pelo fato das ações da Sadia terem caído 2,19% pela manhã e a bolsa de Xagai ter registrado queda de 0,97% em relação ao mesmo período do ano passado por causo do risco-país da Macedônia que com a alta das taxas de juros de importação do frango afetou o comércio e ativou o circuit-breaker na Groelândia, sua coxinha aumentou 496,56%? Ora meu caro! Pelas minhas contas, você deveria era baixar esse preço, já que a Nasdaq tá em alta hoje. 75 centavos, no máximo!
- 1,50.
- Fechado!
Fora que o Bloomberg teria serventia aqui em casa.

5) Ser o Sérgio Mallandro por um dia. Fala sério! Você conhece algum SER mais legal que o Glu Glu Ié Ié?? Tipo, o cara pegou a Maria das Graças, criou a Dança do Jumento e é um sujeito espiritualizado, seguidor de RAMA RAMA XIMAKA. É um ídolo. Pelo menos por um dia, unzinho só, eu queria ser ele. Só ele pode usar chapéuzinho do Mickey e não pagar de imbecil. Por essas e outras: I wanna be Sérgio Mallandro.

6) Assistir os 3 filmes do Sr. dos Anéis em um só dia. Sim, gastar 24h da minha vida pra ver o Frodo queimando o anel no fim. Hahahahaha! Piadinha clichê que não poderia faltar! Mas é sério. Sr. dos Anéis, pra mim, é o melhor filme que existe e acho digno perder um dia da minha vida pra assisti-lo. Se você não gosta de Sr. dos Anéis, assista a trilogia recente de Star Wars. Não curte também? Ok, invente o 6º tópico então só pra você. De preferência algo bem nerd, como jogar Halo 3 ou assistir Heroes.

7) Ser fluente em uma língua do leste europeu. É meio que obsessão minha, sabe? Ok, faço aula de inglês e francês que são idiomas que todo mundo conhece e não causa espanto nenhum. Mas imagina: numa entrevista de emprego, o nego leria meu currículo e nele constasse: "fluência em búlgaro". Na boa, seria contratado na hora. É um diferencial.
- Contratamos Pedro Costa, pois ele foi além das nossas expectativas. Não ficou no clichê inglês-francês-portunhol. Ele fala búlgaro! Temos um diferencial e um grande profissional!
Mas eu não falo búlgaro. Tentei sérvio, mas não deu certo. Meu professor (um estudante de Direito que mora em Belgrado - capital da Sérvia) só sabia falar das cervejadas que ele ia e das mulheres que ele traía a namorada.

8) Tocar o solo de Hotel California inteiro no violão. Hotel California é a música mais hype de todos os tempos, talvez só perdendo pra Dança do Quadrado. Em toda rodinha de violão há sempre os pedidos "toca Raaaauuuul". Aí é só dar uma enrolada na Metamorfose Ambulante que a galera delira. Aí depois vêm os "toca [digite aqui os nomes das bandas da moda e seus respectivos sucessos]" antes de culminar no "agora manda o Hotel California!". Se você não conseguir tocar Hotel California, caro(a) amigo(a), as pessoas vão abandonar sua rodinha e sempre terá um chato que irá comentar:
- Aposto que nem sabe tocar Stairway to Heaven!
Como se fosse algo do tipo: *clic!* (onomatopéia de dedo estalando) - Agora eu sei tocar solos de guitarra fodas!

9) Saber cortar as unhas da mão direita. Na boa, isso é impossível para um(a) destro(a). Minhas unhas da mão esquerda são impecáveis. Tá, isso soou gay, mas é no sentido hetero da frase. Tipo, ficam certinhas, cortadinhas e tal. Enquanto que as da mão direita estão sempre parecendo que foram cortadas com uma peixeira mal afiada. Aí isso me incomoda, ainda mais depois de saber que mulher repara nesse lance de unha de homem e tal. Fiquei gay pra isso. Novamente, no sentido hetero.

10) Ter uma amiga lésbica. Sim, uma amiga lésbica. Mas não pode ser lésbica do tipo Bota-Bico-Largo-45 não. Lésbica menininha, bonitinha, que, de preferência, tenha tendências bissexuais e esteja desiludida com as mulheres. Caso, você leitora, se encaixe neste perfil, me add no orkut. Bjosmeliga.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Chocolate branco

Nossa. Tempão que não postava aqui. Mas já viu, né? Vida de universitário... quando não tá fazendo trabalho, tá bebendo se tiver grana. E se não tiver, tudo bem... bebe por conta da "galerinha da facul" e tá tudo resolvido. Ou seja, tava sem tempo de postar aqui. Seja por trabalho de metodologia ou por beber Antárctica porque a Brahma já tá muito cara e a gente quer quantidade e não qualidade (no merchandising, but I'm accepting payments).

Enfim. Foi numa tarde chuvosa de sexta-feira, estava eu calmamente subindo no ônibus, acabara de sair do boteco pós-aula e estava indo pra casa, quando tudo começou.

O ônibus estava relativamente vazio. Apesar de "relativamente vazio" para espaços físicos públicos do Brasil ser entendido como o último grau antes de definir "lotado", neste caso, trabalhamos com seu conceito denotativo literal. Se tinha meia dúzia de gatos pingados era muito (até porque, não são permitidos animais em veículos de transporte público).

Passei da roleta e fui procurando um banco vazio pra eu sentar. Aliás, procurar é uma palavra exagerada neste caso. Escolher. Escolhi um banco vazio. Como gosto de sentar no fundo [DO ÔNIBUS] fui pra lá. Lá sentei, tirei o celular pra avisar aqui em casa que já estava a caminho (é, eu não estava bêbado).

Mais ou menos a 2 bancos na frente, havia 2 moças, bonitas por sinal, que eram negras. Na hora que eu passava pelo corredor, senti que uma me acompanhou atentamente com os olhos, mas ignorei (podendo eu? imagiiiiiiiiinaaaa...)*.

*Só um adendo aqui. Tipo, não é que estou podendo, mas é que por experiências passadas - e frustradas -, eu nunca confiei nessa minha percepção. Sempre que acho que alguém tá me paquerando significa, na verdae, que não necessariamente. E quando acho que não tá quer dizer o contrário. O foda é que eu nunca acho que não tá. ¬¬'

Voltando ao ônibus. Bom, como disse, ignorei, sentei, mexi no celular (não necessariamente nessa ordem). Quando terminei de ligar pra casa, decidi apagar algumas mensagens do celular (eu sempre esqueço... não que eu receba muitas, mas vou deixando acumular, sei lá por quê) quando eu escuto uma das moças da frente virar pra outra e dizer:

- Fulana (não lembro os nomes), você viu aquele GA-TI-NHO que acabou de passar aqui?

*Pedro se pergunta se é ele consigo mesmo*

- Não! Cadê?

- Ali ó! No fundo... mexendo no celular.

*Pedro tem a resposta de sua pergunta e esboça um sorriso envaidecido*

- Hummm...

- Celular bacana... tem cara de ser rico. Gato e rico. É disso que eu preciso!

*Pedro fala consigo: "mulher só pensa nisso mesmo!". Mas continua com a auto-estima lá em cima*

- É... tem razão! Deve tá pegando busão porque o carro deve de estar na oficina...

*Pedro repete sua ação acima, com um pouco mais de ênfase na primeira parte.*

- Ai ai... fala se você num queria um desses pra você também?

*Pedro começa a se achar O galã. Tenta bolar algo na sua cabeça pra agradar suas fãs: um retrato autografado? Um jantar a luz de velas com uma ganhadora do concurso "Quero uma chance com Pedro Costa"? Aiii! Tantas idéias! Tantas, tantas, tantas!*

- Olha... até que eu queria... mas há um pequeno problema...

- Qual?

*Pedro: Qual????????????!!!!!!!!!!!!!!!!!*

- Não curto chocolate branco!

*Pedro de chocolate branco passa a ficar roxo. De raiva e vergonha! Hmmm.. mas será que ela curte bombom de uva?*

sábado, 6 de setembro de 2008

Notícia de última hora

Assim que terminei o post anterior, dizendo que meu time foi eliminado, que num sei o quê, blábláblá whyskas sachet blábláblá, meu pai vem e me liga dizendo que ele se classificou, para o ano que vem, pra série C, ou seja, nada de série D.

UHUUUUUUUUUUUUUUUUUUUL!!!!!!!!!!!!!!!

Mas, amanhã eu prometo que irei analisar os outros times.

Futebol (1ª parte)

Todo mundo sabe que eu sofro para o América-MG. Pois então, meu time foi eliminado da Série C do Campeonato Brasileiro e, quiçá, ficará de fora da Série D do ano que vem.

Na boa... torcer prum time desses é difícil. Então, resolvi pensar nos times que eu poderia escolher pra torcer.

Solta o VT:

Cruzeiro


O famoso time das Marias. Mas, também, o time mineiro mais bem sucedido dos últimos tempos. Em um espaço de 10 anos, conquistou Libertadores, Campeonato Brasileiro e Mineiro, Copa do Brasil e um bar GLS temático. É... prefiro ser torcedor de time de série D do que ser viado! (Sem qualquer tipo de preconceito)

Atlético-MG
O Galo é um time bacana. Mas a foto já diz tudo. A situação não tá pior que a do meu Coelhão só porque eles tão na série A. Mas, com esse time que eles montaram, em pleno ano do centenário, tá dureza. Quem sabe ano que vem.

Ipatinga

Você quis dizer:
nada

Na boa, só pelo que o google falou, nem precisa de comentários, né!



CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO...

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Publicidade

Então. Sexta-feira de noite em frente ao computador. Não, não é porque estou sem nada pra fazer, nem é por falta de grana. É porque amanhã vou ter um programão e apesar de não estar abaixo da linha da pobreza, melhor economizar hoje pra fartura de amanhã.

Nada pra fazer, sobrou este blog que, estava um tempinho sem ser atualizado.

Nada pra fazer [2], sobrou minha cabeça vazia transformar-se em oficina do diabo: da publicidade.

Ok ok... não me venham jogar pedras! Eu sei que faço jornalismo, estou convicto de que estou no curso certo e blábláblá whyskas sachet blábláblá. O fato é: baixou a alma publicitária em mim.

COMUNISTAS: ATIRAIS AS PRIMEIRAS PEDRAS EM MIM, POIS VÓS SABEIS QUE SEMPRE PREGUEI O DISCURSO COMUNISTA, MAS AGORA, COMO SE JÁ NÃO BASTASSE A MINHA NEGAÇÃO EM VOTAR PARA A CANDIDATA DO PC do B, ESTOU A DISSEMINAR O MECANISMO MAIS CRUEL E MALÉVOLO DOS PORCOS CAPITALISTAS... A PROPAGANDA!

Após este discurso, eis os meus slogans criados:

1) DJ Saddam: este faz sua festa bombar!

2) Olhos: indispensáveis para quem tem visão!

3) Bolívia: procuras La Paz? Estás no local correcto!

4) Sucos Axé: Poeeeeeeeeeiraaaaaaaa! Poeeeeeeeeeeeeeiraaaaa! Levantou poeiraaaaaa!

5) Pomadas Ivete: passou, ficou Semgalo!

6) Motel No Stress: nervoso com seu patrão? Mande-o se foder aqui!

7) Clínica de Urologia: tá sem saco? Venha para cá!

8) Casas Bahia: onde até a Joana é mainha!

9) Cansado das outras cervejas? Beba Cintra e CINTRA toda a diferença!

10) Lojas Hiroshima-Nagasaki: ofertas que são um estouro e irão arrasar a concorrência!


Tá de cara nova?

Pois é. Não, relaxa. Eu sei que você percebeu que mudei o nome do blog há pouco tempo. Mudei o layout também. Mais claro, mais bonito, mais fácil de ler.

E não seja hipócrita, porque você não acompanha porra nenhuma aqui. ¬¬'

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Carteira de identidade

Eu sei. To ligado que faz tempão que nem posto aqui. Mas lembrem-se, eu estava em LA. Pois é... voltei... deu muito certo não... muito ciumenta ela.

Mas enfim, não foi pra falar dela que vim postar aqui. Foi pra contar os acontecidos de ontem.

Bom, to fazendo auto escola e pá. E tem que fazer aquelas bagaça do tipo psicotécnico, exame médico e afins. Até aí tudo bem. O problema é que já estou com 29 aulas (são 30 na legislação) e não fiz exame nenhum! Tudo por culpa da minha identidade "infantil". E a galera do Detran não aceita carteiras mirins.

Infantil? Ok... eu tinha uns 12, 13 anos na foto. Mas tirando a barba, eu to com a mesma cara, poxa! Mas nããããooooo... o Pedro tinha que pagar NOVE REAIS E SEIS CENTAVOS para arrumar uma carteira nova.

Fui, né. Aí minha mãe levou meu irmão junto pra tirar a dele também.

Estacionamos o carro bem longe do lugar pra tirar a carteira. Detalhe: o tal lugar era uma delegacia da polícia civil. Beleeeezaaa. Passando por uma lanchonete, uma rapariga muito bem apessoada por sinal me acompanha com os olhos. Pronto. Foi o suficiente pra minha mãe ficar me enchendo o saco pela semana inteira. "Ahhhh meu filhinho arrasando corações". Ninguém merece.

Achando que já não tinha como piorar, na hora de tirar minhas digitais, TRÊS mulheres (todas no máximo com 23 anos) vieram ávidas na minha direção para tirarem minhas digitais. Olhei pra minha mãe. Ela me lançou o olhar "De novo, meu galãzinho?". Putz... por que ela tinha que ter ido comigo, hein????!!!!

Novamente, achando que já não tinha como piorar, deu zezé nas digitais. Tive que voltar lá. Uma ruivinha muito simpática, logo que me avistou adentrando a porta novamente, prontamentte abriu um largo sorriso, aproximou-se de mim, desabotoando a camisa e em tom malicioso indagou:

- Quer fazer um sexo salvagem comigo?

Tá. Não bem assim. Quando ela me viu adentrando a porta novamente, prontamente abriu um largo sorriso, aproximou-se de mim e indagou:

- Novas digitais?

- Claro! To querendo ter créditos aqui - respondi em tom jocoso.

Ela riu e foi para o canto. Percebi que tinha tipo uma mini-platéia cochichando e olhando "diretamente" de rabo-de-olho pra mim. Risadinhas e tal. E a tal ruivinha, meio sem jeito, mas, de certa forma, feliz e contente.

Enquanto esperava meu irmão ser chamado pra voltar a tirar as digitais, uma espécie de chefe das "tiradoras de digitais" olhou pra mim com espanto e perguntou que diabos eu fazia ali. Eu já achando que ela ia me xingar e tal, antes de eu esboçar qualquer tipo de resposta, ela emendou:

- Tá aqui pra paquerar as meninas, né!

Sem minha mãe por perto, prontamente respondi, rindo:

- Uai! Como você adivinhou meu pensamento?

Aí a tia aponta pra ruivinha e com um piscar de olhos, ela fala:

-Aí, viu?

A ruivinha perdeu a cor do cabelo. Toda tinta (é... ela não é ruiva de verdade ¬¬') do cabelo desceu pro seu corpo e ela ficou olhando pra baixo rindo. A mini-platéia também foi contagiada pelo vazamento de tinta. Comigo não foi diferente. Só que eu fiquei meio... ROXO!

Ahhh mas não há problema! Quinta eu vou pegar a carteira! Pena. Espero que eu tenha que tirar uma 3ª via. =D

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Voltando à sorte e ao azar

Então. Cortei o cabelo. Num é que o mano acertou a mão? Gostei!

Quanto à mulher da minha vida... então.

ACHEI!!!!

Sim, encontrei com a Scarlett, fomos ao cinema, tomamos açaí e agora estou mudando pra Los Angeles pra morar com ela.

Beijosmeliga.

Sorte e azar

Sabe aqueles filmes do tipo comédia-romântica bem água com açúcar? Sempre rola do carinha ou da mocinha ter um puta azar num dia, nada dá certo e tal, mas quando tudo podia ficar pior, ele(a) conhece o amor de sua vida.

Pois é. Hoje foi um dia (ok ok, ainda estou no meio da tarde, mas tende a continuar assim) que, apesar de não estar repleto de azar, teve um grandão. Mas antes de falar qual foi, tenho que explicar algumas coisinhas.

Tipo que eu tenho 2 possibilidades pra voltar da faculdade:

1) ônibus que vai "direto" pra casa. Bota aspas nesse direto. Ele para tipo a 5 quarteirões daqui de casa. Moleza. Mas, no meio desse caminho, 2 morros (e morro em BH é MORRO mesmo... tanto no sentido geográfico, quanto no sentido do verbo morrer... de cansaço ou preguiça) e uma favela. Misture tudo isso com sol quente na cabeça, um all star apertado e a fome.

2) ônibus que vai pro colégio. Aí você vira e pergunta: quê diabos você vai fazer no colégio? É perto da sua casa, ao menos?
Resposta: Não, não é perto de casa. Mas o que rola é que meu irmão ainda tá no colégio e minha mãe busca ele de carro. Mó folga. Daí que eu aproveito que ele sai 11:30h e aí dá preu pegar o busão quando saio da faculdade (11h, no máááááximoooo) e dá pra chegar lá e pá. A única coisa que tenho que fazer é dar uma ligada pra minha mãe avisando que eu vou voltar com ela.

Pois é. Tenho que ligar.

Aconteceu o seguinte. Saí e fui pro ponto esperar o ônibus, como todo santo dia. Calor dos infernos e pá. Passaram TODOS ônibus possíveis e impossíveis, mas os 2 que eu poderia pegar, nada. Quando foi 11:20, passa o que vai pro colégio. Fui nele mesmo. Entrei e liguei pra minha mãe pra avisar a ela que ia e tal, pra que ela me esperasse e pá. Mas, como era comigo, deveria acontecer alguma coisa, né. O celular tava sem sinal.

...


O que fazer??? Já tava dentro do ônibus, praticamente no colégio já e eram 11:40h... e nada de sinal!!!!!!!!! Desci e adivinhe.

Minha mãe já havia ido embora.

E não, não tem ônibus que vai pra minha casa (nem que fique a 5 quarteirões daqui) por lá. Tive que ir até a Savassi (um bairro que é quase o segundo centro de BH, pra quem não conhece). E detalhe que dá uns 20 minutos a pé lá do meu colégio. Debaixo de um sol filho-sem-mãe, all star apertado e camisa escura.

Ao chegar no último quarteirão, o anterior ao ponto, e com dois calos no calcanhar, um no dedinho do pé e um princípio de ensolação, eu só pensei: "só falta perder o ônibus". E a desgraça passou na minha frente, não parou no ponto e foi embora.

...

...

Sentado no banco do ponto eu só esperava que acontecesse aquelas cenas de filmes de comédia-romântica. Eu todo fodido lá e aí apareceria uma Scarlett Johansson da vida e me chamaria pra ir ao cinema, tomaríamos açaí e seríamos felizes para sempre e pá. Acontece que nem quando tenho azar, tenho sorte. Só tenho mais azar. Sentou uma gorda nojenta ao meu lado, um pirralhinho de 10 anos e uma velhinha que cismou que eu era um tal de Daniel. Nada de Scarlett.

Mas, o dia não acabou, né. Mas eu não sou idiota e não vou acreditar que vou ter sorte. Vou cortar meu cabelo. Quer apostar quanto que o nego vai errar a mão?

domingo, 24 de agosto de 2008

Estrela

Ele tinha uma estrela. Sim, senhor. Uma estrela muito bonita. Dizia que ela brilharia eternamente e solitariamente todo aquele céu negro.
E brilhou.
Hoje brilha?
Brilha. Mas não no mesmo lugar, porém, ainda há de se ver aquela luzinha fraca, cansada, diminuta.
E ele não gosta.
Procurou novas estrelas para manter seu céu iluminado.
Achou?
Achou. Mas, quando não passavam de estrelas cadentes, eram todas estrelas fulgazes. De brilho inconstante. Esforçavam para iluminar, mas não eram o bastante.
O céu é bem grande.
A luzinha opaca é a única coisa que ilumina o céu. Mas ele sabe que não pode ser assim. Que tem que continuar procurando outras.
Ah! Como seria bom saber viver no escuro!
Ter sua luz própria. Não depender de nada.
Como seria chato também.
O que é pior? O tédio ou a infelicidade?
Não há resposta.
Um leva ao outro. Um é o caminho mais curto para o outro.
Não há pior.
Pior é não ver luz. Mesmo quando esta está do outro lado.
Mas não pode brilhar.

sábado, 23 de agosto de 2008

Poligotesia

Did you see?
Look what he's talking about
And I'm here...
Pretending that it's not my foult

Elle toujours être dans mon coeur
Mais quelqu'un d'autre est là
Je ne sais pas quoi faire
Je regarde autour de moi

Usted habla y me divierte
¿Cómo me cabe duda de que usted?
No sé si también se sienten
Pero la certeza no es tan fácil de ver

Se ela não me vive mais
Apenas uma coisa me resta fazer
Atravessar a rua, correr atrás
Daquela que me faça viver


quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Pedro e a prova

Bom. Eu decidi que nessa nova fase do blog, eu não deixaria de postar um dia sequer! E cá estou eu, cumprindo minha tarefa.
Mas não pensem que estou aqui na base do sacrifício não. Tem historinha hoje, sim senhor!
O Pedro hoje foi tentar seu primeiro estágio. Na tv da faculdade. Aí rolou uma provinha básica de seleção.
Tipo que geral baixou pra fazer a prova. Meu número na chamada era 98º!!!!!!! E o pior, eram apenas 2 vagas.
Na boa... 2 vagas! 2 fuckin' vagas! Pra mais de 100 nego. Tá pior que vestibular pra medicina na UFMG... But, that's ok! Fui lá e tentei minha sorte (a inscrição pra prova foi de graça mesmo).
Primeira parte, português. De boa total. Nem tem o que comentar, tenho certeza que fechei!
Segunda parte, conhecimentos gerais. Putz... essa pegou! Cite 3 ações realizadas por D. João VI na sua chegada ao Brasil em 1808! Teeeeeeeeeeeeeeempooooooooooooooooooooooo!!!!!

...


PEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEIIIIIIIIIIIIIIIMMMMMM!!!! TEMPO ESGOTADO!

Me fala agora ae... 3 candidatos para prefeitura de BH e seus partidos! Teeeeeeeeeeeeeeeeempoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!!!!!

...


PEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEIIIIIIIIIIIIIIIMMMMMM!!!! TEMPO ESGOTADO! (yeah! ctrl c + ctrl v rocks!)

Foi tipo isso a segunda parte. (Tá, eu esqueci o resto)

Terceira parte, redação. Essa fodeu. O tema era tipo, os assuntos políticos que "cercaram" as Olimpíadas. Falei da parada da Geórgia X Rússia, ditadura chinesa e pá... saindo todo contente da sala, eu lembro que esqueci (sim, ficou estranho, mas é assim mesmo... lembrei que esqueci!) da situação do Tibet. A FUCKIN' situação do FUCKIN' Tibet! No comments more...

Conclusão: passei ou não? 2 vagas, no mínimo, 120 pessoas fazendo a prova, eu - aluno de 2º período - passei? Sinceramente? Se bobear... passei, hein! Até porque, quem se importa com o FUCKIN' Tibet??!!!!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Plano de vida

No alto dos meus 19 anos de idade, 1 período e 3 semanas de faculdade nas costas, percebo que já está na hora de eu pensar em me tornar um homem na vida. Assim como o Chini e o Ronald traçaram uma meta para essa transição, creio que chegou minha vez.
O meu primeiro passo será aprender em 10 idiomas a seguinte frase: "me dê uma cerveja". Eu sei, eu sei. Você está pensando, "mais um bêbado metido a engraçadinho". Nem é. Para explicar isso, devo apresentar-lhes meu segundo passo: conhecer o maior número de países possíveis. E qual a melhor forma de interagir com os nativos? BORA PRO BOTECO, CAMBADA! QUE HOJE A PRIMEIRA RODADA É POR MINHA CONTA! PSSSIUUUU!!! COMPANHEIRO! ME DÁ UMA CERVEJA! O complemento "bem gelada" dependerá de qual nação eu estiver. É meio redundante falar cerveja gelada em muitos países. Mas sei lá, né... vai que na China, Japão os japas curtem uma cerva quente? Lá tudo é estranho mesmo.
O meu terceiro passo é me firmar na carreira jornalística. De preferência na área esportiva. E com mais preferência ainda, na BBC de Londres. Nem que seja para servir o cafezinho na redação.
Aliás, essa história de cafezinho na redação, me lembrou o que uma pessoa costumava sempre me falar. Que a minha evolução profissional na área jornalística, iria começar como auxiliar de "servidor" de cafezinho em redação, depois como "servidor-master" de cafezinho em redação, até poder chegar, quiçá, a operador de cafeteira italiana. E o jornalismo? Pois é... estarei tão craque na arte do processamento do café, que irei abrir uma cafeteria na Savassi onde os jornalistas irão se encontrar para tratar das pautas de dia e onde os emos irão chorar a noite. Foda.
O quarto passo é... bom... não há quarto passo. Talvez seja ganhar 1 milhão de libras, comprar o América e formar um super time. Mas sei lá. Deixa eu pensar nisso quando tiver 25 anos de carreira na BBC ou então, minha cafeteria.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Ensaio sobre os povos orientais

Após horas de discussões antropológicas altamente profundas e filosóficas com meu irmão de 9 anos de idade, chegamos a uma conclusãos intrigante:

Não existe japa loiro de olho azul. Simplesmente não existem indivíduos japas, cujas raízes genealógicas sejam 100% japa, originalmente loiros e de olhos azuis. Tentemos entender o porquê. Inicialmente, é necessário tomarmos o conhecimento do que é, antropologicamente falando, ser japa. Japa é todo aquele indivíduo oriental. Oriundos, provavelmente, da migração de habitantes das Polinésias há, aproximadamente, 12514 anos, que, se perderam do resto do grupo enquanto atravessavam o estreito de Behring durante a glaciação ao atravessarem um bambuzal. Possuem enorme facilidade para lutas marciais; habilidade no desenvolvimento de dialetos com 97.14% das palavras serem monossílabas e todas possuem 5 pronúncias diferentes que diferenciam, por completo, seus sentidos; e são extremamente criativos: desde a construção de robôs que sabem dobrar a roupa até vender espetinhos de cavalo-marinho nas feiras populares. Têm um fenótipo assaz peculiar: olhos puxados em sentido oblíquo, cabelos lisos de tom preto para castanho-amêndoa-escura, face achatada (devida a essa característica, muitos cientistas crêem que o parente mais próximo dos japas do lado esquerdo de Greenwich sejam os cearenses), pele de cor amarelada, e, o mais importante - e intrigante -, são padronizados. São todos iguais. Podemos provar isso devido ao fato de todos japas chamarem Kim. Os sobrenomes, na verdade, indicam apenas uma característica peculiar do indivíduo em relação aos outros japas. Por exemplo, Kim Din é, na verdade, "o Kim mais doce" (dizem algumas cientistas que pode ser "o mais gostoso" também, mas há controvérsias). Já o Kim Gkong significa, "o Kim menos civilizado, o bárbaro". É importante salientar que alguns japas, por mais padronizados que sejam, fogem às regras. Nomes como Fugiro Nakombi, Tanakara Kidoeu, Jaspion e Godzila, não seguem o padrão Kim. Não há uma explicação que seja totalmente capaz de justificar o motivo desta fuga ao padrão. A mais consensual entre os antropólogos é que tais nomes sejam apenas vocábulos dos dialetos japas sem transliterações para os idiomas ocidentais. Podem ser demonstrações de afeto (apelidos carinhosos, chamegos) ou expressões idiomáticas chulas (palavrão).
É devida a essa padronização da cultura japa, que podemos entender o sentido de não haver japas loiros de olhos azuis. Se uma criança japa nascer loira do olho azul, acontece um ritual milenar, que consiste em arrancar os pêlos do corpo da criança e instalar softwares capazes de tingir os pêlos e as pupilas do indivíduo. Caso o sistema operacional não seja compatível, a criança é mandada pra Alemanha pra morar com o pai alemão.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Explicação

Como algumas pessoas perceberam, eu estava tentando escrever um conto. Tá, eu tinha a pretensão de que esse conto poderia se desdobrar em um livro. Ok, ok... eu tava era querendo escrever um best-seller que iria me deixar rico pra caralho e aí eu iria virar um monge no Tibet e escrever metáforas sem nexo algum, mas que qualquer idiota iria entender como um caminho que o guiará à luz plena e fazê-lo entrar em nirvana.
Mas o fato é que não consigo desenvolver a história. Cismei que ela deveria se passar em Paris, sendo que fui lá só em setembro de 2003. Ok, em setembro de 2003 eu fui pra Petrópolis e eu nunca fui à Paris. Mas o fato é que essa cisma minha tá me dando um trabalhão... pra escrever uma linha eu gasto 7h pra achar todas informações sobre a cidade-luz. Fora que o meu francês de um recém-nascido francês também tá ajudando muito nesse processo de enrolação.
No entanto, prefiro dizer que a culpa é da faculdade. As aulas começaram, trabalhos, churrascos, reuniões de pauta do jornal, churrascos, aulas, churrascos... dá tempo de escrever não!
Acho melhor eu tentar as metáforas. Lá vai uma:

"O tempo é que nem ônibus perdido: nunca volta"

sábado, 26 de julho de 2008

Vários acidentes quase aconteceram antes e depois daquele dia de seu 7º aniversário. Eu sou bom naquilo que faço, nunca me distraía, logo, conseguia evitar todos percalços que atravessavam o caminho dela. E era fácil de ficar 24h tomando conta dessa pessoinha. Apesar de ter um temperamento forte, a Fulana era um tipo de companhia muito aprazível.

Uma companhia que não era simultânea, apesar de eu ter certeza que ela sabia que eu a acompanhava. Sempre.

Queria poder conversar com ela, ouvi-la ou então, escutar seu nome a menos.

É. Eu falei que seu nome não importava, mas também falei que, de contraditório, você não viu nada.

Hoje em dia ela tem 24 anos de idade e está noiva de um tal de Marcel. Os dois me parecem felizes. Tenho que confessar que me sinto estranho quando acompanho o casal. Sinto-me tão distante e tão perto dela quando estão juntos. É como se ele ocupasse meu lugar, mas ao mesmo tempo, eu conseguia uma maior interação com ela. Eu sentia que ela me olhava mais. Estranho.

Mais estranho é o fato de eu saber o nome dele e não saber o dela.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Ela é a única que eu devo vigiar. Minha primeira e última. Se eu obtiver sucesso: recompensa. Se eu fracassar: nem Deus sabe. Literalmente.

Confesso que me sinto um tanto quanto incomodado com sua presença. Não sei ao certo por quê. Creio que seja a ansiedade. Aquele frio na barriga que congela as tripas e faz a saliva virar cubo de gelo toda vez que é engolida.

E olha que nem tenho tripas e tampouco salivo.

Acompanho-a desde seu nascimento, há 24 anos. Vi seus primeiros passos, suas primeiras falas, suas primeiras letras, primeiras crises, primeiros amores, primeiros ódios, primeiras decepções, primeiras mágoas, primeiros prazeres. E primeiro encontro com os coletores.

Coletores: as Mortes.

Era a comemoração do seu 7º aniversário. Um domingo de sol, céu azul com algumas poucas fofas nuvens. As crianças brincavam de pega-pega na rua e os adultos conversavam em voz alta nas mesas armadas no jardim da frente. Eu estava lá, agarrado no pé de sua pequena sombra. A rua, na época, era bem pacata, quase não passava carros. Pois é. Quase. Um passou bem na hora que a aniversariante, distraidamente, corria para a outra margem fugindo do seu pega. E por muito pouco não foi realmente pega. E eu ficaria sem minha recompensa. Não havia recebido nenhuma mensagem dizendo que poderia deixá-la ser coletada, logo, não era sua hora. Só deu tempo de o motorista buzinar, de a menina ficar parada, boquiaberta, vendo o carro se aproximar rapidamente de seu corpinho e de eu entrar na sua frente, parando o automóvel.

- Não olha por onde anda não, menina? Se eu não tivesse freado a tempo! – esbravejou o motorista.

- Não sabe dirigir não, feioso? - retrucou a garotinha.

Ele agradeceu a Deus por ter conseguido frear. Mal sabe ele que ele não freou! E mal sabe ele que não foi graças a Deus.

*

Breve perfil psicológico da minha protegida aos 7 anos

Ela era invocada.

*

É. Daquele dia em diante eu tirei uma conclusão: vou ter trabalho!

terça-feira, 27 de maio de 2008

Eu a vigiava todos os dias e todas as noites. Posso me considerar ser sua sombra. Só que sempre estou no lado mais escuro.

Não me atrevo a dizer seu nome. Não importa, assim como não faz diferença saber quando e onde estamos. Até porque, não tenho tais informações. Para o meu trabalho, não adianta pra nada.

Permita-me apresentar: eu sou Eu. Pode me chamar de Você, Tu ou de nada. Esteja à vontade. Moro no Inferno e sou protetor de almas.

Contraditório? Você ainda não viu nada.

Há quem acredite que o Inferno é o pior lugar do mundo. Sinceramente, no mundo, creio que seja que nem os outros lugares. É só um pouco mais quente. Já esteve no Saara ao meio-dia? Então. Tipo lá. Há pessoas sofrendo, mais fortes oprimindo os mais fracos, jogos de interesses, falta de consciência, poluição etc. Pois é. Vai me dizer que no mundo não tem disso também? Faça-me o favor, né? Já morei aí também e sei o que digo. Ainda mais agora, com essa guerra acontecendo na Terra. Só aumentando meu trabalho.

Algumas verdades sobre o Inferno:

a) Ele é apenas a parte debaixo do mundo. Mas faz parte do mesmo apartamento.

b) Não é vermelho, num crepúsculo constante com diabos espetando seu traseiro com tridente. Dá uma olhada na sua janela e verá a mesma paisagem que vejo da minha.

c) Não fede a enxofre.

d) Não tem apenas gente má. Há pessoas boas. Para falar a verdade, nunca fiquei sabendo de pessoas que subiram direto. Todas descem.

Como já disse, sou protetor de almas. Sou uma espécie de anjo da guarda, mas sem aquela frescura de asinhas, auréola e cabelinhos cacheados. E o quê – perdoe-me o tom jocoso – diabos seria um protetor de almas?

Apenas não te deixo morrer antes da hora.

Vocês, humanos, (já não me considero mais como um) criaram a figura da morte como um ser encapuzado com uma foice na mão que surge do nada e recolhe as almas, seguindo uma listinha. De fato há um ser, ou melhor, há vários seres que são incumbidos de retirar as almas das pessoas. Nunca os vi. Talvez eu não seja capaz de vê-los. Apenas sei que eles existem. Minha função é de ajudá-los nos seus serviços, mantendo uma ordem, impedindo que a pessoa morra antes da hora.

Sim, existe a tal listinha! Mas nada de capuzes e foices! Acho.

Mas como em qualquer lugar, tenho interesse nesse emprego. Na verdade é mais do que um desejo, é uma sentença: não fui necessariamente uma péssima pessoa pra arder a eternidade inteira no Inferno, portanto, dizem que tenho direito a uma recompensa, desde que eu cumpra minha pena. Um lugar no Paraíso? Sinceramente, eu não sei. Nunca ninguém me disse e não conheço nenhuma alma penada que saiba da existência do Céu ou que lá esteve.

O Paraíso é uma lenda infernal.

A minha missão é, portanto, vigiar a Fulana (vamos chamá-la assim para facilitar a compreensão da história), e somente ela, dia e noite, e dessa forma, receber minha recompensa. Traçar planos, analisar passos, estudar cada movimento dela, como em um jogo de xadrez. Para que ela não fure a fila dos que já estão em xeque.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

O erudito tal qual se fala

Durante um magnífico dia cujos raios solares fúlgidos e vivazes cerceavam o firmamento azul-anil, assaz ispirador, diga-se à breve nota, deparo-me com uma rapsódia cujo engenho maravilhava-me! Remilasóis aprazíveis aos meus tímpanos que deram engendro para que minha pessoa encetasse um apólogo. Seria assaz honorífico de minha parte, dizer-vos que, embora, aptidão para exercer tal ato não me faltas, a hodiernidade não comporta mais os apólogos tal qual em sua característica lexical. Tirante o fato de eu estar um tanto quanto apopléctico. Mas hei de me alforriar e me erguer desta alfurja psíquica em que me encontro para alentar os corações macambúzios de vossas senhorias! Cantarei! Cantarei para exortar àquela indituosa alma que suspira um cântico lúgubre no pé do ouvido! E outrossim rechaçar-te-ei extasiante os louros desta cantilena, com lapuzice até, e converter-los-ei em ressarcimento de minha alma doravante meu trespasse. Passar bem.

domingo, 20 de abril de 2008

Tendências

Eu sei que minha ironia pode desagradar várias pessoas (como se muitas pessoas parassem pra ler o que aqui está escrito) mas, andei pensando e percebi que até os desastres tão virando moda. O lance agora é matar cruelmente criancinhas. Bacana que só vendo. Galera tá doidinha pra saber quem serão os próximos João Hélios e Isabellas e qual será a causa mortis da próxima vítima. Não dou nem 1 mês pra que a novela das 8 tenha um(a) garotinho(a) bonitinho(a) que será arrastado(a) ou defenestrado(a).
Acidente de avião também rola. Mas não causa tanto impacto não porque morre umas 200 pessoas e pá... ninguém decora os nomes tampouco os rostos. Morte de criancinha é mais bacana, aparece aquela fotinha dela na praia ou no aniversário fazendo caras e bocas. Enquanto isso, povão lá morrendo por causa da dengue (doença de pobre, mas não no sentido econômico, de informação mesmo) e ninguém nem aí. É até bacana porque alguns famosos pegam a moléstia e fica chique, super in na sociedade. Dengue agora tá virando matéria da Caras. Como diria a diva, ai, que loucura!
E o BBB, e o rebaixamento do Corinthians, meu Deus! nasceram os gêmeos da Fernanda Lima! Tudo merece alarde, tudo é explorado até a última gota de essência. Será que estamos mesmos interessados nisso tudo? Por que explorar de forma tão cansativa desastres e futilidades? Obviamente, não devemos ser mentecaptos de um mundo cujo cada minuto é modificado sem mais nem menos. Mas por que ficamos a par dos pormenores de uma tragédia? Me sinto enojado quando leio as notícias e fico sabendo como foi cada detalhe do caso. Para mim, nestes casos, basta responder as seis perguntas do lead: quem fez o quê, onde, quando, como e por quê? . E depois quero saber se o quem foi indentificado e receberá a punição cabível de acordo com a lei e ponto final. Não tenho vínculo algum com essas pessoas, mas respeito seu sofrimento que só aumenta na medida em que toda hora que ligo a televisão tá falando sobre o caso no noticiário.
E o que eu mais acho deplorável é essa curiosidade famigerada de desgraça que o público tem. Galera quer ver sangue. Aposto que se Jesus não tivesse uma morte sofrida e penosa, não seria o que se transformou ao longo dos tempos. O mesmo vale pra Che Guevara. Sangue é sucesso; é atenção; é ibope. Mais ainda: é moda. E moda é moda, todos querem estar seguindo a tendência.

sábado, 19 de abril de 2008

O nacionalismo e suas implicações

Pois concordo com Nietzsche quando ele afirma que qualquer forma de nacionalismo é algo totalmente deplorável, assaz impertinente, principalmente nos dias de hoje. Com toda máquina hegeliana que derrubou os pilares platônicos da sociedade ocidental greco-romana cuja metafísica sempre se fez presente na busca de tornar o real em algo inteligível sobre o devir e a própria presença divina, incontestável nas remotas eras da humanidade, o nacionalismo se tornou algo meramente fútil e quanto mais exarcebado for, mais complexo será o processo de emancipação do homem em relação ao Estado.
Ademais, pelo entendimento niilista de mundo, o nacionalismo deve ser doravante banido de vez da sociedade. Ora, não vivemos mais na Atenas de glórias e louros infidáveis por tamanha astúcia de suas estratégias e pelo olhar atento e complexo do ser em geral! Até porque, o ser é complexo cuja palavra constitui o nada na medida que, para pensar no ser, há de ser preciso pensar no ser em si, pois senão, o "ser" não terá significado.
Todavia, pelo pensamento hegeliano, o nacionalismo é assaz pertinente, tangendo ao pensamento maquiavélico que se confirma naquela mal-fadada afirmativa de que "os fins justificam os meios", tão mal-interpretada, ó fariseus hipócritas! Sofistas maculados!
(...)








Ok. Falei nada com nada. Mas é porque eu queria falar de uma pessoa que não esqueço, daí tentei ver se a filosofia me fazia exorcizar tal fantasma. Até que por um tempinho deu, viu.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Eu e o João-de-barro

Fico observando um João-de-barro. Vejo aquele passarinho marrom bicando um pouquinho de lama e alçando vôo até um poste elétrico da rua onde será sua futura moradia. Meus olhos vão acompanhando a viagem da pequena ave. Fiquei uns cinco minutos contemplando àquela cena. Bicava um pedacinho de lama e voava ao poste e depois volvia a buscar o barro e assim por diante. Pacientemente.

Ao relembrar tal cena, concluo: o João-de-barro nasceu para ser engenheiro. Fico com certa inveja. Quisera eu ter nascido pronto para algo. Não, não é um discurso de renúncia ao meu livre-arbítrio! Mas seria legal fazer aquilo que eu soubesse que tenho: uma aptidão, ou melhor, uma tendência a ter aptidão a algo. Seja por genética ou por ter sido “plantada” em mim na infância. O problema é descobri-la.

Nos meus tempos de colégio (e até hoje), sempre odiei matemática, física, números! Nunca compreendi a biologia, nem a química. Gostava (e gosto) de gente. Queria mexer com as pessoas, lidar com elas. O que eu deveria ser, então? Cobrador de ônibus, é claro! Lida com gente o dia inteiro! Mas eu seria um horror como cobrador, viveria errando troco, enfim. Não ia dar certo. Decidi, então, que eu queria mesmo era ajudar as pessoas. “Seja médico”, dizia minha mãe. Qual o quê! Sei nada de biologia e tenho medo de sangue! Não rola! Concluí, que eu queria ser bombeiro e, antes de me acostumar com a idéia, lembrei que bombeiro vê sangue também. Estaca zero de novo. O que fazer? O que aliava mexer e ajudar gente sem precisar ver sangue, saber biologia e fazer conta?

Foi uma pergunta que martelou minha cabeça por muito tempo até achar a resposta. Mas, nesse meio tempo, quis ser jogador de futebol, piloto de fórmula 1 e, até mesmo, mecânico de avião! Nenhuma dessas me animavam muito. Mas, como disse, foi até achar a resposta. O bom leitor pressupõe que a achei. De fato sim, mas não tenho certeza se é a resposta. “O que diabos você achou que alia mexer e ajudar gente?”, você me pergunta. “Ser jornalista.”, eu respondo.

Ser jornalista envolve lidar com as pessoas, seja fazendo entrevistas ou formando (ou encaminhando a formação) da opinião pública ou, somente, trazer a notícia ao conhecimento coletivo. Posso ajudar as pessoas na compreensão e no esclarecimento de assuntos de interesse social. Implica, também, em gostar de escrever, ler, comunicar-se; verbos que sempre foram conjugados na minha vida de forma fácil e prazerosa.

Volto ao predestinado engenheiro João-de-barro, agora com sua casinha pronta e ele lá, todo feliz. Agora, olho para mim mesmo e espero que, mesmo não sendo um jornalista predestinado, eu seja capaz de construir minha vida e ser feliz, que nem aquele passarinho marrom.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Do you remember?

Lembra-se de mim?

Todo mundo já viveu a situação de topar com alguém em um lugar qualquer e ter a certeza de já ter visto essa pessoa, mas não sabe ao certo quem é e nem de onde a conheceu. Mas quando é só você que “reconhece”, não há problema algum. Você finge nunca ter visto mais gordo na sua vida e os dois seguem suas vidas sem quaisquer problemas. A única coisa que pode acontecer é de você se sentir um zero à esquerda para esse alguém. Passou pela vida dessa pessoa sem deixar qualquer marca, para que ela te reconhecesse depois. Você é tão importante quanto uma bactéria, com a diferença de que ela se preocupa mais com o microrganismo do que com a sua pessoa. Lógico. O unicelular deixa marcas na vida do seu “conhecido” com as doenças. Nem isso você é capaz. Seu nada!

Pior do que isto, somente quando a pessoa te reconhece também. E pra piorar, lembra do seu nome. E como golpe de misericórdia, para cavar mais ainda teu buraco ao chão, faz a maquiavélica pergunta:

-Lembra-se de mim?

Claro que se lembra. Mas não sabe de onde e como o conheceu. Muito menos o nome dele. A parte complexa dessas situações é como se sair bem delas. Socialmente falando, é impossível utilizar as saídas estratégicas como a de ignorar a pergunta fingindo que não a escutou, por exemplo. Ou falar um “talvez”:

-Lembra-se de mim?

-Talvez.

Isso é impossível. Em uma fração de segundos, você terá de escolher entre o “sim, mas é claro que me lembro! Como iria te esquecer meu caro?” e o “não, nem faço idéia de quem você seja, me desculpe.”. Ambas opções te levam a abismos. A primeira opção te leva a um precipício mais profundo, pois a pessoa irá prosseguir a conversa e você não irá lembrar do nome dela e nem de onde a conhece, apesar de ter a absoluta certeza de já ter visto-a. A segunda escolha, te leva a um abismo menor, pois o seu conhecido irá ficar com muita raiva de você e não vai querer te ver nem pintado de ouro. Mas aí, você não irá precisar se preocupar em lembrar seu nome. Claro que há o risco de você chegar no seu trabalho no dia seguinte e se deparar novamente com a pessoa na sala do seu chefe e esta se identificar como filho dele e só aí que você se lembra de tê-lo visto na festa de aniversário do seu patrão. Ou seja, você estará ferrado de qualquer jeito.

O que eu te aconselharia a fazer nesse momento de profundo abalo social, é utilizar a técnica da mensagem subliminar. “Ora, não me diga que é você! Há quanto tempo! Como vão as coisas?”. O “não me diga que é você” significa “vamos, me diga quem é você, pelo amor de Deus!”; o “há quanto tempo!” está no lugar de “há quanto tempo que nos conhecemos e de onde, se for possível?”; e o “como vão as coisas?” tem o valor de “que coisas temos em comum?”. A pessoa provavelmente não dirá o nome. Mas poderá lhe dar caminhos para descobrir. Ela pode citar nomes de pessoas, lugares ou hábitos comuns entre vocês. Aí você irá lembrar porque se não, já é demais. Ou você tem amnésia ou é menos evoluído do que uma bactéria mesmo!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Falta de educação/noção

-Senhores e senhoras que aqui estão presentes!

-Ou! Saí da frente aí, rapaz!

-Cai fora, ô lunático!

-Meu adorado público, gostaria de lhes... Por favor, senhores! Parem de jogar pipoca em mim! Opa! Opa! Celular não porque machuca!

-Cai fora!

-Sai daí!

-Por favor, senhores...

-Eu quero ver o filme, ô cabeção!

-Senta aí, ô lunático!

-Mas cavalheiros... E damas aqui presentes!

-SENTA!

-Deixa ele falar logo... Que foi, hein?

-Vocês poderiam me dizer onde fica o banheiro?

-...

-Por favor, alguém sabe?

-...

-Ai! Ai! Ai! Parem de jogar essas malditas pipocas! Opa! Opa! Coloca essa cadeira no CHÃO!

***

-Seu guarda, por favor, poderia me explicar onde que fica a rua São Tobias das Aves?

-Rapaz, está olhando bem pra mim?

-Sim, mas o que é que tem?

-Está achando que eu sou o quê? Guarda de trânsito?

-Mas eu pensei que...

-Pensou errado, ô rapaz! Cai fora daqui, vai! Cada louco que me aparece...

***

-Luquinhas! Feche essa boca, moleque! É falta de educação comer de boca aberta, não sabia?

-Ah! Não enche o saco!

-LUQUINHAS! Você sabe com quem você está falando?

-Não, nunca vi mais gorda, aliás, nem VOCÊ sabe com quem está falando, né? Eu nem me chamo Lucas!

***

-Com licença...

-Não.

-Olha... Eu só queria dizer que foi um prazer...

-Foi todo seu.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Códigos

Códigos

- Olha! Ta tocando! Atende aí! Deve ser o Latão.

- Alô?

- Baltazar foi à padaria?

- Não conheço nenhum Baltazar! Passe bem!

- Quem era?

- Queria falar com um tal de Baltazar...

- Sua anta! É o código! É o Latão! “Baltazar foi à padaria” é o código!

- Ah é mesmo! Esqueci... Foi mal!

- Olha aí... Deve ser ele de novo.

- Xá comigo! Alô?

- Baltazar foi à padaria?

- Fala Latão! Tudo beleza, mano? Como vai a vida!

- Fala mais baixo seu estúpido! Quer acordar toda vizinhança?

- Foi mal...

- Boca de Lixo! O que ta acontecendo aí?

- Nada, nada... É só o Feijão que ta estressado aqui. O que você manda?

- A barra ta limpa aí?

- Espera... Isso é mais um daqueles códigos?

- Não, Boca de Lixo, não! Quero saber se eu posso entrar em ação!

- Ah pode sim, chefe! Tem ninguém a vista!

- Bom, bom... Cadê o Feijão?

- Ta aqui do lado, chefia.

- Bom... Avisa a ele que quando o alvo passar, mete bala!

- Mas senhor... Não dá!

- Como assim não dá?

- O Baltazar não voltou da padaria com as balas!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Beleza pura!

Mas que beleza!

O Mário Sérgio chegou do trabalho exausto. Abriu a porta da casa, deixou o molho de chaves na mesinha da sala, cumprimentou a Tereza sem olhar pra cara dela – e ela o respondeu sem vê-lo também -, foi pra cozinha, abriu a geladeira, pegou a jarra de água, despejou o líquido num copo de requeijão vazio, voltou a jarra pra geladeira, afrouxou o nó da gravata, tirou os sapatos e colocou-os na área de serviços, beijou a Tereza – que foi na cozinha beber água, inclusive bebeu a água do copo dele, porque tava no intervalo da novela -, foi ao quarto, tirou a roupa, entrou no banheiro, tomou um banho de 5 minutos, secou e jogou a toalha molhada em cima da cama, vestindo o pijama gritou “querida! O que tem pro jantar?” – não teve resposta -, voltou pra cozinha perguntando no caminho pelo jantar de novo mas antes de terminar, fez uma nova pergunta: cadê a água?

- Que água? – retrucou Tereza sem tirar os olhos da novela

- O copo d’água que deixei aqui em cima da mesa, Tereza!

- Ah... Não vi querido – continuava sem olhar pra ele

- Estranho... Eu pus em cima da mesa, logo quando cheguei!

- Ah... Eu devo ter bebido no intervalo...

- Você o que? Bebeu o copo que estava em cima da mesa, Tereza?

- Bebi, ué... Desculpa.

- Tem certeza, Tereza?

- Tenho... deixa eu ver a novela Má!

- Aquele copo em cima da mesa, Tereza? Bebeu com certeza?

- Quer parar de rimar meu nome?

- Mas seu nome é uma beleza, Tereza!

- O jantar ta na mesa, Mário Sérgio! – ela já não via mais a novela

- Ah! O jantar está na mesa, Tereza? Que beleza!

- Por que você não foi beber cerveja com seus amigos?

- Ah! Quer que eu beba cerveja, Tereza? Prefiro suco de framboesa!

É. Esse casamento é uma beleza, Tereza!